O negro sentido das palavras
se desfaz num sopro.
Apreende-se uma ideia
e ela se desfaz com o vento.
O propósito inicial
torna-se engodo.
As palavras não comportam
o pensamento.
Não se deve interpretar,
buscar sentido.
Deixai que as palavras cresçam,
como uma flor ou um pássaro
e, livres, te povoem
o pensamento de ideias,
corram no teu sangue,
encham teu espírito.
Porque no mar de palavras
alguns se afogam
e a nós, mortais,
resta só o silencio.
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