Eu sou Salomé, a dama das palavras
cheias de luas e sóis e temporais,
dos sorrisos tristes, das noites amargas
do Karma cansado e dos olhos fatais.
Vivo por aí como um cigano, um pária
dispersando a mar e vento minha essência
sem pudor ou calma, com um desejo intenso
de encontrar uns olhos que não sejam resistência.
Aqueles olhos claros, vívidos, dançantes,
com o seu desejo escondido em dormência
distante, nebulosa e reticente.
Inesquecivelmente delicados,
atemporais em toda a sua calma,
fixos na vaguidão da permanência.
Para A.
dos sorrisos tristes, das noites amargas
do Karma cansado e dos olhos fatais.
Vivo por aí como um cigano, um pária
dispersando a mar e vento minha essência
sem pudor ou calma, com um desejo intenso
de encontrar uns olhos que não sejam resistência.
Aqueles olhos claros, vívidos, dançantes,
com o seu desejo escondido em dormência
distante, nebulosa e reticente.
Inesquecivelmente delicados,
atemporais em toda a sua calma,
fixos na vaguidão da permanência.
Para A.